Em um mundo cada vez mais digitalizado, no qual a tecnologia permeia todos os aspectos da nossa vida, o pensamento computacional surge como uma habilidade fundamental para os estudantes. A disciplina de Coding, ou programação, não é apenas uma opção, mas um diferencial educacional que potencializa a aprendizagem e prepara os jovens para os desafios do século XXI.

Para um melhor entendimento sobre o assunto, exploramos neste artigo o que é a lógica de codificação, quais são os pilares desse conhecimento, que competências são trabalhadas dentro e fora da sala de aula, como desenvolvê-las e em quais áreas o Coding pode ser aplicado na rotina de estudos dos estudantes.

Confira!

O que é pensamento computacional?

Respondendo à questão, o pensamento computacional é a capacidade de resolver problemas de maneira estruturada e lógica, utilizando conceitos e métodos oriundos da Ciência da Computação. As abordagens algorítmicas vão além do ato de programar e envolvem formular problemas, pensar de modo algorítmico, reconhecer padrões e abstrair informações complexas.

Quais são os pilares do pensamento computacional?

As bases do pensamento computacional incluem:

  • decomposição — divisão de um problema complexo em partes menores e mais gerenciáveis;
  • reconhecimento de padrões — identificação de semelhanças entre problemas para aplicar soluções previamente aprendidas;
  • abstração — foco nos aspectos essenciais de um problema, ignorando detalhes irrelevantes;
  • algoritmos — uso da chamada lógica computacional, que constitui uma sequência ordenada de passos, para resolver um problema.

Que competências podem ser trabalhadas no pensamento computacional?

O pensamento computacional pode desenvolver diversas competências essenciais para o sucesso acadêmico e profissional, tais como:

  • raciocínio lógico;
  • resolução de problemas;
  • criatividade;
  • colaboração;
  • pensamento crítico.

Nesse sentido, a oferta da disciplina Coding pela escola, prepara os alunos para os desafios e as oportunidades do mundo acadêmico e profissional contemporâneo.

Como desenvolver o pensamento computacional?

A computação cognitiva requer uma abordagem multifacetada e dinâmica, integrada ao currículo educacional, para promover uma aprendizagem significativa.

A seguir, conheça algumas das principais ações que podem ser implementadas para enriquecer a lógica de programação em sala de aula. As indicações são inspiradas nesta pesquisa científica, que aplica o pensamento computacional à experiência escolar no Brasil.

Promover a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP)

A Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) é uma estratégia poderosa que permite aos estudantes mergulharem em problemas reais, utilizando seus conhecimentos e habilidades. Ao desenvolver projetos práticos, eles têm a oportunidade de enfrentar desafios autênticos, colaborar com colegas e aplicar o raciocínio computacional de maneira tangível.

Os estudantes podem trabalhar em equipes para criar aplicativos móveis que resolvam problemas da comunidade local, desde sistemas de gerenciamento de resíduos até plataformas de conscientização ambiental, por exemplo.

Investir em metodologias inovadoras

As metodologias inovadoras, como a sala de aula invertida e o ensino híbrido, oferecem novas maneiras de engajar os alunos e maximizar seu tempo de aprendizado efetivo.

Na sala de aula invertida, as turmas acessam o conteúdo fora da escola, por meio de vídeos, textos e atividades que podem inclusive envolver Inteligência Artificial, permitindo que o tempo presencial seja dedicado a discussões, projetos práticos e atividades colaborativas.

Isso não apenas aumenta o envolvimento dos alunos, mas também promove a autonomia e a responsabilidade deles pelo próprio aprendizado.

Incentivar a resolução de problemas

A resolução de problemas é uma habilidade central do pensamento computacional e pode ser cultivada com desafios desafiadores e estimulantes. Os professores apresentam problemas que exigem a aplicação de conceitos de programação, incentivando os jovens a pensarem criativamente e encontrarem soluções eficazes.

Por exemplo, os alunos podem ser desafiados a desenvolver algoritmos para resolver quebra-cabeças lógicos ou criar programas para automatizar tarefas do seu cotidiano.

Promover atividades práticas de programação

As atividades práticas de programação ajudam a consolidar os conceitos teóricos e a desenvolver competências técnicas. Os alunos podem exercitar a escrita de código em linguagens como Python, Scratch ou JavaScript, criando programas simples e, progressivamente, outros mais complexos.

Ao enfrentar problemas cotidianos e experimentar diferentes abordagens, os estudantes fortalecem sua compreensão dos fundamentos da computação, ganhando mais confiança em suas aptidões e talentos individuais.

Incentivar os experimentos envolvendo tecnologia

Os experimentos envolvendo tecnologia oferecem uma oportunidade única para os alunos explorarem os princípios da Ciência da Computação.

Por meio de microcontroladores, sensores, kits de robótica e outros dispositivos, os jovens podem projetar e construir projetos interativos, como: sistemas de automação residencial, dispositivos de monitoramento ambiental ou robôs autônomos, entre outros.

Essa abordagem “mão na massa” permite que as turmas experimentem os fenômenos reais, testem as suas ideias e aprendam com os seus erros de maneira segura e controlada.

Utilizar jogos educativos

Os jogos educativos são uma ferramenta poderosa para engajar os alunos e promover o desenvolvimento do pensamento computacional de forma lúdica e divertida.

Jogos digitais que desafiam os estudantes a resolver quebra-cabeças lógicos, a desenvolver estratégias e a tomar decisões rápidas estimulam o desenvolvimento de suas habilidades de codificação, como: o raciocínio lógico, a mentalidade computacional, a resolução de problemas computacionais e o pensamento analítico em informática.

Além disso, os jogos educativos podem ser personalizados para atender às necessidades individuais de cada aluno, além de oferecer feedback imediato sobre o seu desempenho.

Fomentar a participação em competições de programação

Por fim, as competições de programação, como a Olimpíada Brasileira de Informática (OBI) e o International Collegiate Programming Contest (ICPC), oferecem uma plataforma para os alunos testarem os seus conhecimentos em um ambiente competitivo e colaborativo.

Participar dessas competições não só desafia os estudantes a resolverem problemas complexos sob pressão, mas também os estimula a trabalhar em equipe, além de ajudar a desenvolver competências, como: criatividade e resiliência.

Em quais áreas o pensamento computacional pode ser usado?

O pensamento computacional não se limita à Ciência da Computação, sendo aplicado a diversas áreas, tais como:

  • Matemática — resolução de problemas complexos e visualização de conceitos abstratos;
  • Ciências — análise de dados e simulação de fenômenos naturais;
  • Engenharia — projeção e desenvolvimento de sistemas e dispositivos tecnológicos;
  • Arte e design — criação de obras digitais e interativas;
  • Negócios e empreendedorismo — lançamento de soluções inovadoras e criação de estratégias de mercado.

Como vimos, o pensamento computacional é uma habilidade indispensável para os estudantes enfrentarem os desafios do mundo moderno. Ao integrar a disciplina de Coding à rotina de estudos de nossos alunos, desenvolvemos neles o raciocínio lógico, a resolução de problemas, a criatividade, entre outras competências. Assim, esses jovens vão adquirindo talentos diferenciados ao longo de sua caminhada escolar, o que os levará a destacar-se posteriormente no mercado de trabalho.

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